A valorização das ações da fabricante de automóveis Tesla fez com seu fundador, sul-africano Elon Musk, se tornasse o homem mais rico do mundo – e entrasse em (mais) uma polêmica.
Ainda na semana passada, o diretor do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas, David Beasley, afirmou que uma “pequena” ajuda de alguns dos “ultra-ricos” poderia resolver a fome no mundo. Em entrevista, Beasley informou que a junção das crises da Covid-19, eventos climáticos extremos, causados pela mudança climática e questões políticas e locais fez com que milhões de pessoas estejam vivendo entre a insegurança alimentar e a fome e pediu união às pessoas mais ricas do mundo para ajudar a resolver o problema.
De acordo com o diretor, US$ 6 bilhões o equivalente a 2% da fortuna de Musk, já permitiriam a 42 milhões de pessoas terem o que comer.
Musk respondeu via Twitter, dizendo que venderia algumas de suas ações da Tesla agora mesmo se o Programa Mundial de Alimentos da ONU mostrar como conseguiria acabar com a fome no mundo com US$ 6 bilhões, com a condição de estar com código aberto, para que o público veja exatamente como o dinheiro é gasto. Pelo próprio Twitter, Beasley respondeu que o órgão possui sistemas de transparência e contabilidade com código aberto, e informou que o time de Musk poderia avaliar e trabalhar em conjunto com o PMA para que tenha total confiança nos dados.
Como resultado da polêmica, as ações da Tesla se valorizaram ainda mais. No começo da tarde desta segunda-feira (1), o papel contava com uma valorização de 5,5%.
As ações da companhia já se valorizaram mais de 59% desde o começo do mês passado e cerca de 130% nos últimos 12 meses. De janeiro de 2017 até agora foi uma valorização de 748%.