A Apple bateu um novo recorde ao alcançar o valor de mercado de US$ 3 trilhões e se tornar a primeira companhia do mundo a chegar a esse nível de capitalização.
Na última sexta-feira (6), as ações da empresa negociadas na Nasdaq fecharam a US$ 193,97, alta de 2,31% — para atingir a marca trilionária, bastaria chear a US$ 190,73. Segundo dados do TradeMap, a empresa teve um aumento de US$ 948 bilhões em seu valor de mercado ao longo deste ano.
A Apple é quase US$ 500 bilhões mais valiosa do que a segunda maior empresa do mundo. Veja o ranking:
- Apple: US$ 3 trilhões
- Microsoft – US$ 2,5 trilhões
- Saudi Aramco – US$ 2,1 trilhões
- Alphabet – US$ 1,5 trilhão
- Amazon – US$ 1,3 trilhão.
Queda nos juros e ‘verão da IA’
O que explica o crescimento da Apple para atingir essa marca histórica? Analistas de mercado ouvidos por Tilt afirmam que dois fatores foram fundamentais para o crescimento da Apple neste ano:
- a expectativa pela redução da taxa de juros nos EUA.
- o otimismo do mercado do setor de tecnologia, impulsionado pela popularização da inteligência artificial — o chamado ‘verão da IA’– e a euforia com os óculos Vision Pro, primeiro aparelho da empresa no segmento da realidade aumentada (aquela que integra elementos digitais ao meio físico).
Sucesso começou em 2007
Ainda segundo os especialistas, o primeiro passo para a Apple atingir essa marca histórica foi dado em 2007, quando a empresa lançou o primeiro iPhone, seu produto de maior sucesso e o celular mais vendido no mundo. Faz parte dessa trajetória, porém, um capítulo raramente mencionado.
“O segundo ponto foi quando Tim Cook assumiu o posto de CEO, após a morte de Steve Jobs. Por mais genial que Jobs tenha sido, Tim Cook conseguiu implementar uma série de estratégias que fez com o que crescimento da Apple se tornasse cada vez mais vertiginoso ano após ano.” Disse Vinicius Vilaça, assessor de investimentos da Arcani Investimentos.
Uma dessas estratégias implementadas por Cook foi a venda de modelos do iPhone a valores mais acessíveis, como o 5S e o 5C. Com a versão mais barata, ele conseguiu ganhar espaço no mercado. Atualmente, a cada quatro celulares no mundo, um deles é iPhone.
“O iPhone é o carro-chefe da companhia, sendo responsável por mais de 50% da receita. Só a receita da venda deles é maior do que a receita de Meta, Netflix, PayPal e Nvidia juntas. A exclusividade e o desejo pela marca propiciam uma margem acima de 36% em seus produtos e acima de 71% em serviços, a fazendo alcançar um lucro aproximado de quase 100 bilhões de dólares em 2022.” Complementa o assessor de investimentos.
Fonte: UOL, com informações The Wall Street Journal
